O ministro Gilberto Kassab, de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações assina ainda nesta quinta, 17/11, uma portaria que determina o desligamento dos sinais analógicos de televisão a partir das 0h de sexta, 18/11, no Distrito Federal e em nove cidades da região. Com pesquisas indicando entre 90% e 92% dos domicílios prontos para o ‘apagão’, a TV Digital passará a ser a única disponível na capital.
“Depois de semanas de muita tensão, onde existiram legítimas preocupações com este momento, todas superadas, hoje podemos dizer que o Brasil vai procurar o mais rapidamente possível estabelecer essa operação dentro do cronograma já estabelecido para todo o território nacional. O que nos move a partir de hoje é o objetivo de que possamos o mais rápido possível poder termos um evento como este em São Paulo”, afirmou Kassab, durante cerimônia na Anatel, depois do resultado sacramentado pelo Gired.
Como deixou indicado o ministro, a distância para os 90% de domicílios preparados na região – são 1,2 milhão de lares em Brasília e nas nove cidades de seu entorno – chegou a azedar o clima do grupo que reúne operadoras móveis, emissoras de TV, Anatel e governo em outubro, quando ainda havia pressão para o ‘apagão’ analógico ser mesmo realizado em 26/10. A maioria das emissoras comerciais, no entanto, não aceitou o desligamento com o percentual em 88% (pelo critério mais favorável).
Nesta quinta-feira, porém, com os novos percentuais, o ambiente era outro. Mas mesmo entre sorrisos e abraços, as emissoras fizeram um apelo para que o cronograma de São Paulo seja mantido em 29 de março de 2017. A Abratel (leia-se Record) chegou a divulgar uma nota nesta quinta, insistindo nesse ponto. “Adiar o cronograma descredibiliza o trabalho do Gired, da Seja Digital, e de todos os radiodifusores empenhados no processo”, diz a entidade.
A missão, porém, não é simples. A Seja Digital, braço operacional da transição, já tem 600 mil conversores, mas precisa comprar mais 1,1 milhão desses equipamentos. A distribuição deles para famílias pobres de São Paulo já começou – há cerca de 200 mil agendamentos e 100 mil kits entregues – mas a campanha é tímida até porque falta comprar aparelhos. A ideia original era concluir a distribuição de 70% dos kits até dezembro, mas isso não é mais viável
Créditos
Luís Osvaldo Grossmann
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